2006-09-10

O EXPRESSO DO NASCER DO SOL

Tal como nos policiais de Agatha Christie o mistério prevalece na guerra surda entre o velho mas proclamado renovado semanário "Expresso" e o novo semanário "Sol".
A guerra é total embora nenhuma das partes a assuma. Para já os indicadores são estes:
1. Meio Portugal vai comprar o "Expresso" nas proximas 8 semanas. Não pela mudança de formato mas sim pelos DVD's que oferecem.
2. O mesmo meio Portugal vai comprar para a semana o "Sol" porque é novidade e vivemos numa época em que o que é novo é sempre mais apetecivel e desejado.
3. O "Expresso" mudou de formato não porque todos os outros tinham mudado mas porque efectivamente o "Sol" estava a bater na sua janela.
4. O "Sol" promete mundos e fundos mas as pessoas que lá estão vão mostrar tudo menos novidades e escrita ambiciosa. Meio "Expresso" foi para lá...
5. O "Expresso" já era mau. Faz anos que não o comprava. E depois das 8 semanas vou estar muito provavelmente mais uns anos sem o comprar. Talvez o faça como o fiz recentemente com o "Independente". Compro o ultimo numero como um funeral anunciado.
6. Nunca achei o "Expresso" um semanário interventivo e inovador. Não mexe, não abana, não questiona. Ideal para aquele tipo de pessoas que afirmam que o expoente do jazz é a Diana Krall e que se sentam ao fim-de-semana na esplanada doCCB...
7. O "Sol" se insistir, como anuncia, efectuar um trajecto paralelo terá, depois de passado o período de estado de graça, de mudar de nome. Provavelmente para "Vento"...