PLAY IT AGAIN...TOM

Estávamos em 1979 quando um americano de voz enalasada e poderoso riff de guitarra assalta os tops com o seu terceiro album "Damn The Torpedoes" (3/5). Era a época da "new wave" e Tom Petty nada tinha de comum ao movimento. As suas raízes não escondidas vinham fundamentalmente dos The Byrds.

A sua carreira foi construída regularmente por albuns sólidos e consistentes onde sobressaiem "Southern Accents" (4/5), "Full Moon Fever" (4/5), primeira experiencia sem os incotornaveis Heartbreakers, "Wildflowers" (4/5) e "The Last DJ" (4/5).

Como todos os artistas que têm uma longa história para contar, Tom Petty editou em 1995 uma Box de 6 CD'S intitulada "Playback" (5/5). Ao contrário da grande maioria das caixas em que o material constante não passa dos exitos e de algumas versões demo e/ou live, "Playback" é muito bem conseguida. Os primeiros 3 CD'S são uma recolha dos melhores momentos dos albuns editados. Os outros 3 CD's são uma pélora a não perder. São 42 canções nunca editadas. É impressionante a qualidade dos temas e não se entende como não foram escolhidas na altura da selecção das musicas para os respectivos albuns. "Big Boss Man" prova que Tom Petty poderia facilmente gravar um excelente album de blues e "Heartbreaker's Beach Party" indicia que uma jam session seria proveitosa para os nossos ouvidos.

Na vossa lojinha do costume a caixa está disponivel. Aproveite. Vale a pena.

UM GRANDE LOTE DE CD'S

Este fim-de-semana carregámos o nosso reportório com um grande lote (em quantidade e qualidade) de CD's. Para os interessados convém dar uma olhadela atenta e rápida porque se tratam de exemplares unicos, alguns com edições muito dificeis de arranjar no mercado de usados, a um preço apelativo e em excelente estado.
Temos edições "Deluxe" dos Velvet Underground e Bob Marley. Temos edições especiais de Yann Tiersen, New Order, Depeche Mode, Moby, Garbage, Pink Floyd e muitos outros. E ainda um vasto lote com Cocteau Twins, Dead Can Dance, Metallica, Durutti Column, Bauhaus, Einsturzende Neubauten, Beatles, A Certain Ratio, Echo & The Bunnymen, etc, etc, etc.

PLAYSTATION

A Mau Génio pondera, após algumas solicitações de clientes, alargar a sua àrea de acção e introduzir jogos da Playsation na sua actividade de artigos usados. Que acham?

THIS BAND HAS NO MEMBERS

Os génios são-no porque sim. Na América de hoje temos David Eugene Edwards (16 Horsepower, Woven Hand e Lilium), Will Oldham (Palace Bothers, Palace Songs, Palace Music, Bonnie Prince Billy e Will Oldham), Ryan Adams (Whiskeytown e Ryan Adams) e Howe Gelb (Giant Sand, OP8, Calexico, Friends Of Dean Martinez, Band Of Blacky Ranchette, Arizona Amp and Alternator e Howe Gelb).

Todos compõem em quantidade e (muita) qualidade. Howe Gelb, no final de 2005, criou o seu ultimo projecto Arizona Amp and Alternator e editou o album com o mesmo nome (5/5). No livreto o aviso de quem previlegia a musica e apenas esta: "The band has no members". Mas tem e dos melhores da cena alternativa americana (membros dos Granddaddy e Arcade Fire por exemplo).O album é predominado pelo som baloufo que Howe Gelb já nos habituou nos seus projectos alt-country blues e pela criatividade sonora de cada momento, na linha do seminal "Hisser"(5/5). Com atraso reponho justiça e escolho-o como melhor album do ano passado. E já está aí o novo album a solo...

A IDADE DO GELO

Os canadianos Martha And The Muffins tornaram-se mundialmente famosos logo no primeiro album devido ao tremendo hit que foi "Echo Beach" no glorioso verão de 1979.Estávamos no apogeu da new-wave e "Metro Music" (4/5) concorria directamente com os melhores albuns do género. Um ano depois, "Trance Dance" (3/5), não confirmava todas as esperanças que a banda prometera no album de estreia.Foi em 1981 que os Martha And The Muffins gravaram a sua obra-prima. "This Is The Ice Age" (5/5) não tem um unico hit mas consegue ser poderoso e criativo do inicio ao fim. Não é alheio ao resultado o dedo de Daniel Lanois na produção do album que só em 2005 (24 anos depois) foi editado pela primeira vez em CD."Dansepark" (3/5) em 1982, "Mystery Walk" (3/5) em 1984 e "The World Is A Ball" (2/5) em 1985 não voltaram a ter o brilho que a banda conseguiu atingir novamente em "Modern Lullaby" (4/5), gravado em 1992, após 7 longos anos de ausencia.

BOHEMIAN RHAPSODY

O segundo registo dos ingleses THE DARKNESS, "One Way Ticket To Hell...And Back"(5/5), é um album deveras singular. Dez fabulosas canções tornam-no completo e brilhante. A onda é o velho glam rock com o som e produção actual.
Produzido pelo produtor dos QUEEN, Ray Thomas Baker, o album é todo ele marcado pelos gloriosos anos 70. Senão vejamos: "Bohemian Rhapsody", os QUEEN e seus devaneios estão sempre presentes. Também os SLADE, os KISS, a ELECTRIC LIGHT ORCHESTRA, os URIAH HEEP e outros da mesma estirpe. O resultado desta mistura transportado para os meios sonoros actuais é fantástico e o tom ultra falseto do vocalista Justin Wakwins vai certamente dividir opiniões.
Mellotrons, flugelhorns, sitars and saxophones e muito, muito ritmo. Energico, denso, forte e cativante. O rock ainda é assim. Está de volta!